Brasileiros que foram deportados dos Estados Unidos afirmaram terem sido vítimas de agressões por agentes americanos durante o voo de repatriação até Manaus, a primeira parada no Brasil. Eles desembarcaram em Confins, Minas Gerais, após a noite de terror.
Os migrantes denunciam que as agressões ocorreram no Panamá, quando a aeronave precisou pousar no país por problemas mecânicos. Durante o tempo em que permaneceram na aeronave, sem autorização para deixar a mesma e com o ar-condicionado desligado, relataram falta de ar, mal-estar, e dificuldade em ter acesso a necessidades básicas como alimentação e banheiro. Protestos para que os agentes permitissem que saíssem resultaram em confrontos.
Após pousar em Manaus, a Polícia Federal entrou na aeronave e ordenou que os deportados fossem liberados, retirando as algemas. A Força Aérea Brasileira foi enviada para transportar os deportados até Belo Horizonte.
O Itamaraty anunciou que pedirá explicações ao governo Trump sobre as condições degradantes no voo. Em Confins, os deportados falaram sobre as agressões sofridas, exibindo marcas de violência.
Relatos de agressões físicas e psicológicas, incluindo uso excessivo de algemas e abuso de autoridade, foram feitos por diversos deportados, que demonstraram marcas e traumatismos. Um dos imigrantes relatou que alguns chegaram a fazer exames de corpo de delito em Manaus.
A situação descrita pelos deportados gerou revolta e apreensão, com relatos de ameaças e uso incorreto da força por parte dos agentes de imigração americanos. A ministra dos Direitos Humanos repudiou as violações aos direitos humanos e ressaltou a importância de tratar com respeito a população imigrante, tanto no acolhimento de refugiados quanto na repatriação.
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