Taxa de juros do cartão de crédito sobe em dezembro para 450,5% ao ano, aponta BC

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Em resposta, o Conselho Monetário Nacional implementou um teto de 100% para as taxas de juros do rotativo, que se aplica a dívidas contraídas a partir de janeiro

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Cartão de crédito

Com essa taxa, uma dívida de R$ 800, se não quitada, pode se transformar em R$ 4.404 após um ano

Dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (27), através das Estatísticas Monetárias e de Crédito mostram que, em dezembro, a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito alcançou 450,5% ao ano, marcando o nível mais elevado desde maio de 2023. Essa elevação representa um aumento de 4,6 pontos percentuais em comparação a novembro. Com essa taxa, uma dívida de R$ 800, se não quitada, pode se transformar em R$ 4.404 após um ano. Em resposta a essa situação, o Conselho Monetário Nacional implementou um teto de 100% para as taxas de juros do rotativo, que se aplica a dívidas contraídas a partir de janeiro.

Com essa nova regra, uma dívida de R$ 200 não poderá ultrapassar R$ 400 em juros e encargos, oferecendo uma proteção maior aos consumidores. Por outro lado, os juros do cheque especial, que é a segunda opção de crédito mais cara, apresentaram uma queda, fixando-se em 136% ao ano. Nesse cenário, uma dívida de R$ 800 no cheque especial pode crescer para R$ 1.888 ao longo de um ano, refletindo a diferença nas condições de crédito. O crédito consignado, que é descontado diretamente da folha de pagamento, registrou uma taxa de 23,9% ao ano, a mais alta desde janeiro de 2024.

As taxas variam conforme o grupo profissional, sendo 21,9% para beneficiários do INSS, 23,8% para servidores públicos e 40,8% para trabalhadores do setor privado, evidenciando a disparidade nas condições de crédito entre diferentes categorias.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira

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