‘Se depender de mim, não tem outra medida fiscal nesse país’, diz Lula

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Petista não descartou ajustes na proposta atual e assegurou ter ‘100% de confiança no trabalho’ do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo; autoridade monetária elevou a taxa Selic para 13,25% ao ano

TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

LULA-COLETIVA-PALÁCIO DO PLANALTO

“Não tem outra medida fiscal. Caso se apresente durante o ano a necessidade de fazer alguma coisa, vamos sentar e definir”, disse Lula em coletiva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (30) que não implementará novas medidas fiscais em 2025, reafirmando seu compromisso com a estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável. “Não tem outra medida fiscal. Caso se apresente durante o ano a necessidade de fazer alguma coisa, vamos sentar e definir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal nesse país. Estabilidade fiscal é questão muito importante para mim e o governo. O que vamos agora é pensar no desenvolvimento sustentável, continuar mantendo a estabilidade fiscal desse e sem fazer com que o povo pobre pague o preço de alguma irresponsabilidade de um corte fiscal desnecessário. Não posso levar o povo humilde a sacrifícios para contemplar o interesse de menos gente”, disse o petista em coletiva com jornalistas no Palácio do Planalto.

Durante sua fala, Lula fez elogios ao novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. “Tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do Banco Central e tenho certeza que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor, no tempo em que a política permitir que ele faça”. “Tenho consciência que um país como o Brasil, o presidente do Banco Central não pode dar cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra. Já estava praticamente demarcado a necessidade da subida de juros pelo outro presidente, e o Galípolo fez o que ele entendeu o que deveria fazer”. Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom), sob a direção de Galípolo, decidiu aumentar a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano.

O Banco Central também indicou que uma nova elevação da taxa Selic pode ocorrer na próxima reunião, evidenciando a preocupação com a inflação persistente e a robustez da atividade econômica. As previsões de inflação do BC apontam para 5,2% em 2025 e 4,0% para o terceiro trimestre de 2026, sinalizando um cenário desafiador para a política econômica do país.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira

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