Seu Filho só come macarrão, e agora?
A seletividade alimentar em crianças pode gerar desafios diários para muitas famílias. Carla Deliberato, fonoaudióloga especialista em motricidade oral com foco em alimentação, destaca que a recusa frequente de alimentos pode estar ligada a várias questões, como textura, cor, temperatura, cheiro e sabor dos alimentos.
Essa seletividade pode resultar não apenas em desafios imediatos, mas também em possíveis deficiências nutricionais, impactando o desenvolvimento e a vida social da criança. Identificar sinais de alerta, como recusa persistente de alimentos, náuseas durante as refeições e dificuldades de mastigação, pode indicar a necessidade de acompanhamento profissional, como de um fonoaudiólogo especializado em alimentação.
Possíveis Causas e Estratégias de Intervenção
As causas da seletividade alimentar variam e podem incluir distúrbios de processamento sensorial ou questões gastrointestinais. Recomenda-se a avaliação por um terapeuta ocupacional em casos de desordens sensoriais. Estudos indicam que até 40% das crianças saudáveis podem apresentar dificuldades alimentares em algum momento.
Para lidar com a recusa por uma dieta limitada, a fonoaudióloga sugere abordagens práticas. Estimular a exploração da boca da criança, envolvê-la no preparo das refeições, promover autonomia à mesa, incentivar refeições em família e evitar distrações visuais durante as refeições são algumas estratégias eficazes.
Conclusão
Entender e lidar com a seletividade alimentar infantil requer paciência, educação e estratégias consistentes. Ao criar um ambiente positivo em torno da alimentação e envolver a criança no processo, é possível expandir gradualmente seu repertório alimentar e promover uma relação saudável com a comida.
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