O equilíbrio dos salários entre auxiliares e técnicos de enfermagem pode não gerar um impacto financeiro significativo, de acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Em meio às discussões sobre essa equiparação, o Cofen afirma que, em certos casos específicos, igualar os salários seria justo e não acarretaria em custos expressivos.
Segundo o vice-presidente da entidade, Daniel Menezes, embora a legislação categorize as funções de auxiliar e técnico de enfermagem de forma distinta, na prática, alguns profissionais possuem regulamentação para atuar em ambas as funções. Esses profissionais, contratados como auxiliares, muitas vezes desempenham tarefas específicas de técnicos, o que justifica a equiparação salarial em determinados casos.
Nos últimos anos, houve um declínio significativo no número de auxiliares de enfermagem, devido à formação que muitos têm buscado para se tornarem técnicos. Atualmente, a maioria dos profissionais atuantes são técnicos de enfermagem, o que, segundo Menezes, não resultaria em um aumento substancial de despesas se a equiparação salarial fosse implementada.
Em relação aos possíveis impactos fiscais, o especialista em orçamento público Cesar Lima acredita que a equiparação poderia resultar em mais gastos públicos para compensar a diferença salarial entre as categorias. Além disso, Lima aponta que a empregabilidade dos auxiliares na rede privada poderia ser afetada pela equiparação, levando os hospitais a preferirem contratar técnicos em vez de auxiliares.
Portanto, a igualdade salarial entre auxiliares e técnicos de enfermagem, mesmo que possa gerar ajustes orçamentários, é considerada uma medida justa pelo Cofen, refletindo as habilidades e formações dos profissionais da área.
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