A inutilidade dos muros (por André Gustavo Stumpf)

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A construção de muros ao longo da história sempre foi uma tentativa de separar povos, etnias e nações. No entanto, a realidade é que essas estruturas se mostram ineficazes e muitas vezes simbolizam a incapacidade de convivência pacífica com diferenças. O exemplo da pequena cidade de Águas Blancas, na fronteira entre Argentina e Bolívia, destaca esse cenário, com a construção de um muro simbólico, mais uma cerca de arame farpado, que pouco impede a passagem e mais ressalta a divisão entre culturas e realidades distintas.

A história nos mostra inúmeros casos de muros que visavam separar e proteger, como a Muralha da China, a fronteira entre EUA e México, e as barreiras em Israel. No entanto, essas estruturas se tornam testemunhas de conflitos, sofrimento e guerra, onde a separação física não impede a troca de violências e a perda de vidas de ambos os lados.

Mais do que divisões geográficas, os muros representam barreiras simbólicas de intolerância, medo e desigualdades. A queda do Muro de Berlim em 1989 é um exemplo marcante de como a esperança, a união e a busca por liberdade podem derrubar barreiras aparentemente intransponíveis.

Em um mundo que clama por diálogo, compreensão e cooperação, a inutilidade dos muros se torna cada vez mais evidente. A verdadeira fronteira a ser superada está na mente e no coração dos homens, que precisam enxergar além das barreiras físicas e encontrar a conexão que nos une como seres humanos.

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