Um ataque a tiros em uma escola em Örebro, na Suécia, resultou em um número inicial de 10 mortos, incluindo possivelmente o agressor, segundo informações da polícia divulgadas nesta terça-feira (4). O acontecimento marcante, ocorrido a cerca de 200 km a oeste de Estocolmo, é considerado o mais grave episódio do tipo na história do país nórdico.
Inicialmente, as autoridades indicaram cinco feridos durante uma coletiva de imprensa realizada horas após o ataque, que aconteceu às 12h30 locais (8h30 no Brasil). No entanto, após relatos de mortes pela mídia, o chefe da polícia local, Roberto Eid Forest, atualizou os números durante uma nova entrevista.
A causa do crime ainda não foi esclarecida, mas a polícia descartou motivação terrorista. O atirador, possivelmente agindo sozinho, foi descrito como um homem que pode ter sido baleado durante o incidente. Uma investigação por assassinato, incêndio criminoso e um delito agravado de armas foi aberta.
A Suécia, que enfrenta problemas com gangues armadas, raramente vivencia ataques em escolas. No entanto, nos últimos anos, alguns incidentes desse tipo ocorreram no país. Em março de 2022, um estudante de 18 anos esfaqueou e matou dois professores em uma escola em Malmö, no sul do país. E dois meses antes, um jovem de 16 anos feriu um estudante e um professor com uma faca em Kristianstad.
Dez mortes foram registradas em sete incidentes em escolas suecas de 2010 a 2022, de acordo com o Conselho Nacional Sueco de Prevenção ao Crime. Entre esses episódios, em 2015, um agressor mascarado de 21 anos, motivado por razões racistas, ocasionou a morte de um assistente de ensino e um menino, além de ferir outras duas pessoas.
A tragédia causou comoção nacional e autoridades, incluindo o primeiro-ministro e o ministro da Justiça, se manifestaram sobre o acontecimento. O momento é de luto e reflexão sobre a violência que afeta o ambiente escolar e a sociedade como um todo.
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