O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante sua recente visita aos Estados Unidos, presenteou o ex-presidente Donald Trump com um pager dourado, semelhante aos dispositivos utilizados por Israel em ataques no Líbano no ano anterior. Esses ataques resultaram em nove mortos e 2.750 feridos, em sua maioria milicianos do grupo xiita libanês Hezbollah, além de vítimas civis, incluindo duas crianças.
O presente foi enviado com uma dedicatória que dizia: “Ao Presidente Donald J. Trump, nosso melhor amigo e maior aliado. O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu.” Em retorno, Trump deu a Netanyahu uma foto autografada dos dois, com a mensagem “para Bibi, um grande líder!”, em referência ao apelido do premiê.
O encontro entre os líderes ocorreu na Casa Branca, sendo a primeira reunião de Trump com um líder estrangeiro desde que reassumiu o cargo em janeiro. Durante a visita, Netanyahu também se reuniu com os senadores Lindsey Graham e Richard Blumenthal, assim como com o senador Tom Cotton, que preside o Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes.
Após as reuniões, Trump anunciou o desejo dos Estados Unidos de liderar a reconstrução da Faixa de Gaza após a guerra entre Israel e o Hamas, que resultou em destruição significativa na região. No entanto, suas declarações foram criticadas pelo grupo islamita Hamas, que governa Gaza, e rejeitou a sugestão de Trump sobre a realocação dos palestinos para outros países.
Em um pronunciamento nas redes sociais, Truth Social, Trump afirmou que os Estados Unidos planejavam iniciar a reconstrução gradual da região, em parceria com equipes de desenvolvimento ao redor do mundo, criando um dos projetos mais grandiosos e espetaculares da Terra. A retórica de Trump gerou controvérsia e gerou pedidos do Hamas por uma reunião árabe de emergência para discutir a questão.
A ação de Netanyahu ao presentear Trump com o pager dourado se destacou como um gesto inusitado durante sua visita, repercutindo nas discussões sobre a política internacional e a situação no Oriente Médio.
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