Hugo Motta, em sua primeira semana como presidente da Câmara dos Deputados, adotou medidas para corrigir práticas consideradas inadequadas de seu antecessor, Arthur Lira.
Logo de início, Motta convocou duas reuniões do colégio de líderes, uma iniciativa bem recebida pelas lideranças partidárias. Esses encontros tiveram como propósito tanto a discussão da pauta da semana de votações, quanto a avaliação do que poderia ser votado nos dias seguintes.

Uma das mudanças significativas foi a definição de horários fixos para o início e término das sessões no plenário da Câmara, estipulando que estas começarão geralmente às 16h e se encerrarão até as 20h. Uma prática diferente da adotada por Lira, que costumava abrir as sessões no início da tarde, enquanto ainda finalizava discussões com aliados sobre os projetos a serem votados.
Além disso, o retorno das sessões presenciais em 100% dos casos é outra medida adotada por Motta para dar mais voz ao plenário. A intenção é concentrar as pautas mais controversas nas quartas-feiras, reservando as quintas-feiras para temas consensuais. Esta mudança também visa reduzir a influência da chamada “bancada da selfie”, formada por deputados com forte presença nas redes sociais.
Os parlamentares argumentam que a votação remota acabava favorecendo deputados que se destacavam em debates online, o que prejudicava a coesão partidária em temas de maior controvérsia.
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