A promotora encarregada do caso de assédio envolvendo o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, e a jogadora de futebol Jenni Hermoso, afirmou categoricamente nesta quarta-feira (12/2) que o beijo não foi consentido. Ela reforçou o pedido de detenção de Rubiales por dois anos e meio, acusando-o de agressão sexual e coerção.
O posicionamento da promotora vai de encontro ao depoimento dado por Rubiales nesta semana. Durante sua declaração, ele assegurou que Jenni teria concordado com o beijo dado durante a celebração da Copa do Mundo Feminina de 2023.
“Tratou-se de um beijo não consentido e, com base nas evidências apresentadas, não pairam dúvidas razoáveis”, afirmou a promotora.
Além da acusação de agressão sexual, Rubiales é acusado de tentar coagir Hermoso a fim de abafar o caso. No seu testemunho, a jogadora enfatizou que o beijo não deveria ter acontecido em nenhum contexto social ou profissional.
“Um beijo na boca carrega consigo significados para lá de cortesia e amizade. Senti que estava fora de lugar, beijada pelo meu chefe, algo que não deveria ocorrer em nenhum ambiente de convívio social ou profissional”, declarou a atleta.
Ela destacou que nunca deu motivos para que Rubiales interpretasse o beijo como algo normal para celebrar uma conquista.
“Apenas beijo na boca quando assim decido. Como mulher, me senti desrespeitada, mancharam um dos momentos mais felizes da minha vida, e é fundamental para mim deixar claro que em momento algum eu busquei esse gesto, muito menos esperava por ele”, concluiu.
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