Policial preso no caso Gritzbach tentou depositar R$ 1,6 mi em espécie

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São Paulo – Recentes revelações apontam que o policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, tentou depositar R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo em um banco, porém a transação foi impedida devido à suspeita de lavagem de dinheiro, sendo comunicada ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O caso está relacionado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e tem como base a delação premiada do empresário Vinícius Gritzbach, falecido em novembro de 2024. O empresário detalhou extorsões sofridas de policiais civis e um delegado, acusados de envolvê-lo no assassinato do traficante Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta.

A Polícia Federal indiciou Rogerinho por diversos crimes, como peculato, corrupção, associação criminosa, extorsão e lavagem de dinheiro. Ele é proprietário de um condomínio de luxo, sócio de uma empreiteira e ostenta uma vida de luxo nas redes sociais, chamando atenção para sua riqueza e estilo de vida extravagante.

Segundo relatórios da Polícia Federal, Rogerinho chegou a movimentar mensalmente uma média de R$ 311 mil, envolvendo-se em transações suspeitas, principalmente relacionadas à construtora. Além disso, há indícios de que ele e sua companheira, Danielle Bezerra dos Dantos, viúva de um membro do PCC, estavam envolvidos em operações financeiras ilícitas.

As mensagens extrai?das do celular de Danielle revelaram sua participação em cobranças de dívidas relacionadas ao crime organizado, contando com o auxílio de Rogerinho. A PF identificou que ela mantinha contato com altos escalões do PCC e distribuía recursos provenientes de atividades ilícitas. Rogerinho, por sua vez, era suspeito de facilitar a movimentação financeira do pai de Danielle, foragido por homicídio, utilizando uma empresa em nome de terceiros.

A investigação conclui que o casal estaria envolvido em lavagem de dinheiro proveniente de corrupção policial, dando acesso a recursos ilícitos provenientes do crime organizado. As revelações feitas pela Polícia Federal expõem uma teia complexa de relações suspeitas e atividades ilícitas, envolvendo altos membros do PCC e a própria estrutura policial.

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