Eduardo Lopes Monteiro, policial civil preso sob acusação de envolvimento na morte do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, movimentou cerca de R$ 2 milhões em carros de luxo negociados por uma concessionária da qual era sócio. Segundo relatório da Polícia Federal, Monteiro estava diretamente envolvido na administração e negociação de veículos da concessionária Baronesa Motors LTDA.
As investigações, que tiveram início a partir das denúncias de Gritzbach sobre extorsões de investigadores e um delegado, revelaram a participação de Monteiro nas transações de modelos de luxo importados, como BMW, Audi, Jaguar, Porsche, Mercedes-Benz, entre outros. Documentos apreendidos indicam uma movimentação financeira expressiva na empresa, contradizendo a versão de prejuízos alegada pelo policial.

Além do comércio de veículos, Monteiro esteve envolvido em empreendimentos imobiliários e automobilísticos. Mesmo após sair das empresas, as quais sua esposa permaneceu associada, o policial foi citado negativamente por Gritzbach em relação a arbitrariedades na investigação da morte de Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta. As denúncias resultaram no afastamento temporário de Monteiro e demais agentes, os quais posteriormente foram presos pela polícia.

Em paralelo, a polícia identificou Emílio Carlos Gongorra Castilho, suspeito de ser o mandante do assassinato de Gritzbach, envolvido em outras atividades criminosas. A busca por Cigarreiro, como é conhecido, continua em andamento para esclarecer os motivos por trás do trágico desfecho que vitimou o delator do PCC.
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