PL e PT pressionam por medidas contra “tratoraço” na Câmara de SP

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São Paulo — Em meio às discussões sobre a organização das comissões e sem projetos em votação, os vereadores de São Paulo têm dedicado esforços para debater as mudanças na tramitação de projetos de lei na Câmara Municipal.

Nas últimas reuniões, o tema central tem sido o chamado Congresso de Comissões, uma prática frequentemente utilizada pela base governista para aprovar projetos simultaneamente em diferentes comissões, antes de seguir para o plenário.

Essa prática, que foi comum durante a gestão do vereador Milton Leite (União), tem sido alvo de críticas da oposição, que alega que esse método acelera o processo de aprovação sem um debate aprofundado.

A vereadora Sonaira Fernandes, líder do PL, levantou a questão do Congresso de Comissões em uma reunião recente, sendo apoiada pelos líderes de partidos de oposição, como Luna Zaratini (PT), Toninho Vêspoli (PSol) e Ricardo Tripoli (PV).

Sonaira enfatizou a importância de respeitar a legitimidade de cada comissão, garantindo que os projetos sejam discutidos antes de serem votados no Congresso de Comissões. Luna Zaratini, do PT, também destacou a necessidade de mais tempo para leitura, debate e discussão dos projetos, em vez de pressa nas aprovações.

Diante das críticas, vereadores aliados ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) defenderam a prática, alegando que era comum em gestões anteriores e que é necessária para evitar que projetos fiquem parados nas comissões permanentes.

O presidente da Câmara, Ricardo Teixeira, se mostrou favorável a discutir mudanças no processo e prometeu abordar o tema em futuras reuniões. Ele destacou que, de acordo com o regimento interno da Casa, as comissões permanentes podem realizar reuniões conjuntas em casos de urgência justificada.

Além disso, os vereadores solicitaram mais tempo para analisar os projetos em discussão, visando garantir uma maior transparência e participação nos processos legislativos.

Em outra discussão recente, foi acordado que o tempo destinado aos discursos durante o chamado grande expediente será utilizado mesmo que não haja vereadores inscritos, permitindo que outros parlamentares tenham a oportunidade de se manifestar na tribuna.

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