O Hamas surpreendeu ao anunciar sua disposição em libertar todos os reféns ainda em cativeiro na Faixa de Gaza de uma só vez, durante a segunda fase do acordo de cessar-fogo com Israel. Essa decisão marca uma mudança significativa em relação à prática anterior de libertação escalonada. No momento, 70 reféns, sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, permanecem em situação de cativeiro, com pelo menos 35 deles tendo sido confirmados como falecidos.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, confirmou que um acordo foi estabelecido com o Hamas para antecipar a liberação dos reféns, incluindo os corpos da família Bibas. A primeira fase do cessar-fogo, iniciada em 19 de janeiro, resultou na libertação de 19 reféns israelenses em troca de mais de 1.100 prisioneiros palestinos.
Os detalhes da segunda fase da trégua devem ser finalizados até o dia 2 de março. Caso ocorra conforme planejado, a terceira fase se concentrará na reconstrução da Faixa de Gaza, com a ONU estimando que serão necessários mais de US$ 53 bilhões para esse processo.
Por outro lado, Netanyahu rejeitou a proposta de criar um Estado da Palestina e reiterou seu compromisso com um plano que envolve o deslocamento dos palestinos para o Egito e a Jordânia, apesar da oposição desses países. Enquanto isso, a Autoridade Palestina, estabelecida em 1993, defende a solução de dois Estados, excluindo o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2006.
A decisão do Hamas de libertar todos os reféns de uma vez demonstra um importante passo em direção à paz e à estabilidade na região. Sua disposição em cooperar de maneira fortemente assertiva é um sinal encorajador para a construção de um futuro mais promissor para todos os envolvidos. Essa atitude solidifica a importância do diálogo e da busca por soluções que visem o bem-estar e a segurança de todos os habitantes da região.
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