O adiamento pela Israel da libertação dos prisioneiros palestinos, previsto para este domingo, gerou tensões com o Hamas. O grupo acusou Israel de comprometer o acordo de trégua após decidir postergar a libertação de mais de 600 prisioneiros palestinos que deveriam ter sido soltos no sábado, em conjunto com a entrega de seis reféns israelenses.
Bassem Naïm, líder do Hamas, expressou sua preocupação, afirmando que Israel, ao adiar a libertação dos prisioneiros, agiu de forma criminosa, colocando em risco todo o acordo de cessar-fogo. Pediu a intervenção de mediadores, em especial dos Estados Unidos, para pressionar Israel a cumprir o acordo e libertar imediatamente o grupo de prisioneiros.
Israel declarou que adiará a libertação dos prisioneiros palestinos até que o Hamas garanta o fim das “cerimônias humilhantes” de libertação dos reféns israelenses. Estas cerimônias, transmitidas ao vivo, envolvem os reféns recebendo instruções em hebraico em palcos, antes de serem liberados para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que então os entrega aos representantes das forças de segurança israelenses.
O cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro, após mais de 15 meses de conflito provocado por um ataque do Hamas em território israelense em outubro de 2023, está em sua fase inicial, com previsão de três fases, com término previsto para 1º de março. No sábado, houve a liberação de seis reféns israelenses, como parte de uma série de trocas envolvendo reféns por prisioneiros palestinos, cumprindo o acordo de trégua.
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