O Ministério Público de São Paulo (MPSP) está cobrando um total de R$ 40 milhões de 12 indivíduos, incluindo policiais civis, que mantinham ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Essa ação decorre de uma investigação desencadeada pela delação do corretor de imóveis Vinicius Gritzbach, brutalmente assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro de 2024.
Os promotores do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP afirmam que os denunciados se envolveram em atividades ilícitas, resultando em uma cifra de R$ 40 milhões relacionada aos ganhos obtidos por meio de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Eles destacam que houve uma aliança criminosa entre policiais e membros do PCC para a prática de crimes.
O Gaeco ressalta que a situação se torna ainda mais grave, pois junta “servidores que atuam em órgãos de segurança pública e ‘empresários’ do crime”, descrevendo a combinação como “falsos agentes da lei e homens ligados ao dinheiro”. Além disso, a ação conjunta desses policiais e criminosos colocou a sociedade em perigo com o assassinato de Gritzbach ocorrido “à luz do dia e em um ambiente lotado no maior aeroporto da América do Sul”.
Veja abaixo a lista dos denunciados:
- Ademir Pereira de Andrade: empresário suspeito de ser operador financeiro do PCC, denunciado por organização criminosa e extorsão;
- Ahmed Hassan Saleh, conhecido como Mude: advogado denunciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas;
- Eduardo Lopes Monteiro: investigador da Polícia Civil, denunciado por organização criminosa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro;
- Fabio Baena Martin: delegado da Polícia Civil, denunciado por organização criminosa, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
- Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom: investigador da Polícia Civil, denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Marcelo Roberto Ruggieri, conhecido como Xará: investigador da Polícia Civil, denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Robinson Granger de Moura, conhecido como Molly: empresário denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Rogerio de Almeida Felicio, conhecido como Rogerinho: policial civil denunciado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro;
- Alberto Pereira Matheus Junior: delegado da Polícia Civil, denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção passiva;
- Danielle Bezerra dos Santos: esposa de Rogerinho e viúva de um gerente do PCC, denunciada por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
- Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como Xixo: policial civil denunciado por organização criminosa e corrupção passiva;
- Valmir Pinheiro, conhecido como Bolsonaro: policial civil denunciado por organização criminosa.
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