A investigação da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe em 2022 revela em áudios que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, admitiu não possuir provas contra as urnas eletrônicas utilizadas na eleição daquele ano.
Os ataques às urnas foram uma estratégia empregada pelo ex-presidente e seus aliados para contestar uma possível vitória do então candidato à Presidência, Lula.
Em um áudio enviado a Hélio Ferreira Lima em novembro de 2022, Cid declarou: “Tá difícil tirar alguma coisa. Tá difícil ter alguma prova. Porque, assim, na verdade tudo tem uma justificativa”.
Segundo Mauro Cid, ele buscou brechas no sistema, consultou especialistas, mas não encontrou evidências que pudessem questionar os resultados eleitorais. Ele ressaltou que, apesar de todos os esforços, nada foi encontrado.
“Para esse segundo turno fez muito mais que isso e … não teve nada, não teve nada!”, afirmou Cid no áudio.
Esse episódio foi descrito pela PF em seu relatório sobre o caso, afirmando que o diálogo “ratifica o procedimento adotado pela organização criminosa”.
“Primeiramente, tentaram, sem êxito, obter dados que comprovassem a narrativa de que as urnas eletrônicas foram fraudadas para alterar o resultado das eleições presidenciais. Em seguida, mesmo cientes de que não havia qualquer indício concreto de fraude, continuaram a execução dos atos para consumação do Golpe de Estado”.
Com base nesse documento da PF, a Procuradoria-Geral da República denunciou recentemente Cid, Bolsonaro e outros 32 aliados por organização criminosa e tentativa de Golpe de Estado.
Diante dessas revelações, fica evidente a falta de fundamentos para as alegações de fraude nas urnas eletrônicas, o que lança luz sobre a seriedade do processo eleitoral e a importância da preservação da integridade das instituições democráticas. Compartilhe sua opinião sobre esse importante tema nos comentários abaixo!
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