Tarcísio diz que denúncia da PGR contra Bolsonaro é ‘forçação de barra’ e ‘revanchismo’

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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) criticou veementemente a denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de articular um golpe de estado, classificando-a como uma tentativa de “forçação de barra” e “revanchismo”. Em suas declarações, Tarcísio afirmou que após ouvir os áudios obtidos pela PF (Polícia Federal), não foi apresentada qualquer evidência que sustente as acusações, destacando a falta de conexão nos conteúdos apresentados.

A denúncia da PGR aponta que Bolsonaro teria cometido crimes que envolvem tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, grave ameaça contra o patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa. As penas máximas somadas chegam a 43 anos de prisão, além da possibilidade contínua de inelegibilidade, ultrapassando os oito anos de condenação pelo TSE.

Evidências apresentadas na denúncia

No extenso documento de 272 páginas, são apresentadas robustas evidências referentes à “minuta do golpe” e às diversas ações e declarações de Bolsonaro e seus aliados contra as urnas eletrônicas, sem evidências de fraude. Documentos, atos públicos, ações concretas e depoimentos convergem para reduzir as margens de interpretação sobre esses eventos.

Versões da “minuta do golpe”, encontradas na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, no espaço utilizado por Bolsonaro em seu partido PL, e em dispositivos eletrônicos de Mauro Cid, ex-chefe da ajudância de Bolsonaro e delator da trama, foram apresentadas aos chefes das Forças Armadas em reuniões realizadas em dezembro de 2022.

A própria admissão de Bolsonaro, em entrevistas recentes, sobre a proposição e avaliação de estados de defesa e de sítio, sugere a utilização de instrumentos legítimos, porém, não justificados pelas condições de guerra ou grave convulsão social, cenários inexistentes à época das propostas.

A gravidade das acusações e a complexidade dos eventos descritos alimentam um cenário de incertezas e polarização política no país.

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