O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em interação com a imprensa nesta terça-feira (25/2), ressaltou que a delação premiada de Mauro Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro, à Polícia Federal (PF) está “lastreada em fatos”.
Mendes afirmou que a validade da delação de Mauro Cid não deve ser questionada devido a pressões sobre o ministro Alexandre de Moraes. Este último foi mencionado em relação a uma suposta coerção durante o depoimento de Cid à PF, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“A delação de Mauro Cid é de extrema importância e baseada em fatos. As contradições apontadas pelo ministro Alexandre de Moraes referem-se a informações já investigadas, indicando que não correspondem à realidade”, declarou Gilmar Mendes.
Em relação às especulações sobre um possível julgamento de Bolsonaro em plenário, ao invés da 1ª Turma, composta por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, Mendes acredita que a mudança não teria impacto significativo. Ele enfatizou que a análise em plenário poderia gerar interpretações diversas dos votos, sem alterar o curso do processo.
Esclarecimento de Contradições
A Polícia Federal detectou divergências nos depoimentos de Mauro Cid, e em novembro de 2024, uma audiência no STF foi realizada para esclarecer essas questões. Após o encontro, o ministro Alexandre de Moraes considerou que as inconsistências nos depoimentos prestados à PF foram elucidadas.
“No caso de colaboração ou delação de um interessado, o relator conduzirá a audiência, seguido por um eventual juiz instrutor, culminando com a homologação. Este é o procedimento vigente. Não vejo como isso poderia levar à anulação”, afirmou Gilmar Mendes.
A delação de Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, desempenhou um papel fundamental ao embasar grande parte das investigações que resultaram na denúncia de 34 indivíduos.
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