O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou para manter a decisão que homologou o plano de trabalho apresentado pelo Congresso Nacional para dar mais transparência às emendas parlamentares. Essa decisão, que permite a execução das emendas referentes ao Orçamento de 2025 e exercícios anteriores, teve ressalvas, incluindo a suspensão das emendas para ONGs e entidades do terceiro setor.
Dino ressaltou a necessidade de mais diálogo com o Congresso para lidar com questões pendentes, deixando claro que inquéritos e ações judiciais relacionadas ao uso inadequado das verbas serão mantidos para aplicação das devidas sanções. Ele também enfatizou que as transferências diretas para Estados e municípios, conhecidas como emendas Pix, só serão pagas com a apresentação de planos de trabalho.
O ministro reforçou a exigência de que as emendas ao Orçamento não cresçam mais rápido do que aspectos fiscais fundamentais, despesas discricionárias do governo ou variação da receita corrente líquida. Além disso, determinou que o Congresso forneça novas informações sobre os ajustes técnicos e legislativos prometidos no plano de trabalho até 30 de maio.
“O plano de trabalho é um passo importante para o aprimoramento institucional do Estado brasileiro, mas não encerra o debate”, afirmou Dino. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), celebrou a homologação do plano e destacou a importância do diálogo entre os Poderes para chegar a esse resultado.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também elogiou a decisão de Flávio Dino, considerando-a um passo significativo para o Brasil. A interação entre os Poderes foi fundamental para alcançar esse marco, reconhecendo as prerrogativas parlamentares.
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