Em um momento emocionante e espiritual, Carlinhos Brown realizou o padê, um ritual que evoca os orixás, instantes antes de animar os foliões no Camarote Andante, no circuito Osmar, no Campo Grande, nesta segunda-feira (3). Este ritual, tradicional para Brown, simboliza sua conexão profunda com a religião, entrelaçando-a com sua paixão pela música.
“É crucial cumprir os rituais, embora isso seja responsabilidade de alguns. Há outros que se encarregam disso”, afirmou Brown. Em seu discurso, ele aborda a questão da omissão de referências às religiões de matriz africana por artistas que professam crenças neopentecostais. “É fundamental superar o preconceito e promover a educação. Afinal, o conhecimento é essencial. Vamos buscar entender uns aos outros, ao invés de nos deter em conflitos”, concluiu ele, sem citar incidentes recentes.
“A sabedoria dos orixás deve ser praticada diariamente. Compreender que somos todos seres humanos. Não há raça superior. É fundamental vencer o preconceito étnico em relação ao outro”, destacou Brown.
O artista ainda enalteceu a herança africana e como o povo baiano incorporou elementos de diversas culturas para moldar a rica diversidade cultural da Bahia. “Nós trouxemos essa riqueza cultural. Nas costas, nos navios. Hoje, a nossa sociedade celebra a mistura de raças”, sugeriu Brown, finalizando com a afirmação: “A força da Bahia reside na sua identidade baiana”.
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