O impacto do acordo entre o governo e a Eletrobras na usina Angra 3 surpreendeu o mercado financeiro. A assinatura do pacto para encerrar a disputa no Supremo Tribunal Federal impulsionou as ações da empresa em mais de 5%. O acordo garantiu ao governo maior poder de voto na empresa privatizada durante o governo Bolsonaro. A participação da União na administração da Eletrobras inclui três dos dez assentos no conselho de administração. Além disso, uma cláusula limitando a quantidade de votos por acionista foi mantida.
A grande surpresa para o mercado foi a liberação da Eletrobras da obrigação de investir bilhões na construção da usina nuclear de Angra 3. Este projeto oneroso, que demandaria cerca de R$ 30 bilhões, foi aliviado para a empresa, que agora detém apenas as garantias financeiras já comprometidas com o empreendimento: R$ 6,1 bilhões.
Apesar disso, o futuro da usina nuclear de Angra 3 permanece incerto. O acordo prevê a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na estruturação de um novo modelo para o projeto. A resolução final sobre a construção da usina dependerá de um novo processo de negociação no STF, sem uma data definida para acontecer.
Portanto, o desfecho do acordo entre o governo e a Eletrobras representa um marco significativo para a empresa e pode moldar o futuro da usina Angra 3, impactando não apenas o setor energético, mas também as estratégias de investimento da companhia.
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