O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, refutou com veemência as afirmações feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusando-o de mentir sobre o estado atual do Canal do Panamá. Disse o presidente panamenho que a via não está em nenhum processo de recuperação sob controle de Washington, contrastando diretamente com as declarações feitas por Trump.
Em uma mensagem ao Congresso em Washington, Trump reiterou sua intenção de “recuperar” o canal que foi inaugurado pelos Estados Unidos em 1914 e posteriormente entregue ao Panamá em 1999. Trump afirmou que sua administração já havia dado início a esse processo visando ampliar a segurança nacional.
José Raúl Mulino, indignado com a sugestão de Trump sobre o uso da força para tomar posse do canal, declarou que tal ação seria uma afronta à verdade e à dignidade nacional do Panamá. Ressaltou que a cooperação entre os países deve ser baseada em interesses mútuos, distanciando-se de qualquer intenção de “recuperar” o canal por parte dos Estados Unidos.
Trump também levantou preocupações sobre a suposta interferência chinesa no canal, apontando para a operação dos portos de acesso pela empresa Hutchinson de Hong Kong desde 1997. Sob pressão, a empresa concordou em ceder sua participação na operação do canal e em outras instalações portuárias a um consórcio americano.
A controvérsia sobre o controle do Canal do Panamá continua a gerar repercussões, destacando a importância estratégica e geopolítica dessa via para os envolvidos.
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