A Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador aceitou a denúncia do Ministério Público da Bahia e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) contra 16 indivíduos envolvidos em crimes que incluem formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
As investigações apontam que o grupo possui conexões com o tráfico de drogas e está relacionado ao assassinato de um dos maiores traficantes de drogas sintéticas da Bahia. Seis dos acusados tiveram prisão preventiva decretada.
A liderança da organização criminosa, supostamente chefiada por Rodolfo Borges, utilizava empresas fictícias, obras de arte, imóveis residenciais e comerciais em nome de terceiros, além de negócios em marmorarias e ferros-velhos para lavar o dinheiro do tráfico, conforme alegações do Gaeco.
O MPBA denunciou, além de Rodolfo Borges, outras 15 pessoas, incluindo Verônica Teixeira dos Santos, Paulo César Conceição da Silva, Arlisson Alves Cruz, entre outros.
Operação Indignos
As investigações que embasaram a denúncia foram realizadas durante a “Operação Indignos”, liderada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais da Polícia Civil (Deic), resultando na prisão da liderança e principais membros do grupo criminoso na Bahia, em janeiro de 2025.
Os acusados foram apontados como responsáveis por uma série de crimes, incluindo extorsão mediante sequestro e o assassinato de Ivan de Almeida Freitas, conhecido como “Ivanzinho”, em agosto de 2023. Ivan era sócio de Rodolfo Borges Barbosa de Souza, também conhecido como “Bené” ou “Zeca”, líder do grupo que controlava o tráfico de drogas em Amaralina e Portão, na Bahia.
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