A agropecuária baiana teve um aumento significativo de 37,7% nas exportações em fevereiro deste ano. Esse crescimento foi impulsionado pelas vendas da safra recorde de soja e pelo destaque no mercado de café. Em contrapartida, o valor total exportado pelo estado apresentou uma queda de quase 1% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo a marca de 753,5 milhões de dólares.
De acordo com dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), as importações atingiram 650,8 milhões de dólares, representando uma redução de 0,81%. No acumulado do primeiro bimestre deste ano, as exportações baianas totalizaram 1,58 bilhão de dólares, uma queda de 10,1%, enquanto as importações alcançaram 1,53 bilhão de dólares, um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Com os resultados de fevereiro, a balança comercial da Bahia fechou com um superávit de 47,4 milhões de dólares no bimestre, o que representa uma redução de 88,3% em comparação com o mesmo período de 2023. A corrente de comércio do estado atingiu 3,11 bilhões de dólares, um leve aumento de 0,08% em relação ao ano anterior.
Apesar do crescimento nas exportações do agronegócio, a indústria de transformação e a indústria extrativa apresentaram quedas de 16% e 36,8%, respectivamente. Esse cenário reflete a tendência para 2025, com destaque para o aumento da safra agrícola, porém com preços mais baixos, e um menor crescimento da indústria, influenciado por políticas monetárias restritivas e incertezas na economia global.
Em relação aos destinos das exportações brasileiras, a China, principal mercado para os produtos baianos, registrou uma diminuição de 5,1% em fevereiro, enquanto as vendas para a Ásia aumentaram 11%. Já as exportações para os Estados Unidos tiveram uma queda de 15,5%, mas para a América do Norte houve um aumento de 10%, impulsionado pela demanda do Canadá por ouro, pneumáticos e ferro ligas.
Surpreendentemente, as exportações para o Mercosul cresceram expressivos 122,5%, devido à importação em grande escala de óleo diesel pela Argentina, totalizando 32 milhões de toneladas em fevereiro. Enquanto isso, as vendas para a União Europeia caíram 8,7% nesse mesmo período.
No que diz respeito às importações, destacou-se o aumento de 26,8% nas compras de produtos intermediários, a queda de 64,7% na importação de combustíveis, e o crescimento de 57% nas aquisições de bens de capital, juntamente com um aumento de 17,7% nas de bens de consumo.
Por fim, a SEI reportou uma diminuição de 29% no volume de compras externas da Bahia em fevereiro, enquanto os preços dos produtos importados aumentaram em 39,8%, principalmente cacau, fertilizantes, borracha, máquinas e equipamentos.
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