O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, celebrou a autorização concedida pelo Ibama à Petrobras para a limpeza de uma sonda destinada à perfuração de um bloco na Margem Equatorial, a cerca de 550 quilômetros da Foz do Rio Amazonas. Alcolumbre ressaltou a importância desse avanço para a obtenção da licença ambiental necessária, enfatizando a coexistência entre crescimento econômico e preservação ambiental.
O senador manifestou seu comprometimento em acompanhar o progresso desse processo, reconhecendo sua relevância para a soberania energética do país e para o desenvolvimento econômico futuro. Enfatizou a necessidade de garantir investimentos e empregos sem comprometer os recursos naturais.
O Ibama esclareceu, em nota ao Metrópoles, que a autorização para o procedimento faz parte de uma etapa rotineira no setor petrolífero, quando há deslocamento de plataformas para regiões sem a presença da espécie coral-sol. Essa etapa não reflete uma decisão definitiva sobre a concessão da licença para a perfuração marítima no bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial da Foz do Amazonas.
A Petrobras aguarda a liberação definitiva do Ibama para iniciar os estudos que irão determinar a viabilidade econômica da exploração na região. Em 2023, a empresa teve um pedido negado pelo órgão ambiental devido a falhas no Plano de Proteção à Fauna em caso de vazamento de óleo. A estatal recorreu da decisão, assegurando ter cumprido todas as exigências técnicas para garantir a segurança ambiental das operações.
Visões divergentes sobre a exploração de petróleo
A autorização para exploração na Margem Equatorial gera opiniões divergentes. Ambientalistas alertam para os riscos à biodiversidade devido à proximidade com a Floresta Amazônica e ao impacto ambiental do uso de combustíveis fósseis. Por outro lado, o governo federal e a Petrobras defendem a atividade como sendo viável com responsabilidade ambiental, afirmando que os recursos gerados ajudariam na transição energética do país.
Em fevereiro deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva posicionou-se a favor da pesquisa na região, garantindo a adoção de medidas para prevenir danos ambientais. Segundo a Petrobras, sem a exploração na Margem Equatorial, o Brasil poderá precisar importar petróleo a partir de 2034.
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