O deputado estadual do Rio de Janeiro, Alexandre Knoploch (PL), causou polêmica ao nomear Raphael Montenegro, ex-secretário da Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária), como seu assessor parlamentar. Montenegro ficou sob os holofotes após ser preso por suspeita de negociar a transferência de chefes do Comando Vermelho para o Rio de Janeiro.
As acusações recaem sobre Montenegro por apresentar informações falsas à Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, a fim de visitar detentos como Marcinho VP, durante sua gestão na Seap. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região trancou a ação penal contra ele em 2022, alegando que seu objetivo era estabelecer um acordo entre as facções criminosas.
Diálogos gravados entre Montenegro e presos revelaram sua suposta ciência sobre atividades ilícitas nas prisões fluminenses, como a entrada de celulares e a expansão do Comando Vermelho para outros estados e países.
Além disso, Montenegro é suspeito de facilitar a libertação do traficante Wilson Carlos Quintanilha, o Abelha, considerado foragido desde sua fuga do Complexo de Bangu em 2021, apesar do mandado de prisão em aberto. Imagens mostram Abelha cumprimentando Montenegro na saída da prisão.
Knoploch defendeu a nomeação de Montenegro, alegando que não há contradição, pois a interação entre secretários da Seap e detentos é comum. O deputado até protocolou um pedido de CPI para investigar possíveis irregularidades na gestão da Seap.
A Justiça determinou o afastamento de servidores da Seap por suspeita de corrupção, após denúncias de suborno para obtenção de benefícios a presos. A Seap não se pronunciou até o momento.
Diante desses escândalos e polêmicas, o Rio de Janeiro se vê envolvido em mais um episódio controverso, evidenciando a importância da transparência e da integridade nas instituições públicas.
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