Após ter seu mandato de deputado federal cassado pelo TSE em 2023, o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Novo-PR), já vislumbra sua trajetória política nas eleições de 2026.
Ao compartilhar com seus aliados, Dallagnol revela que sua intenção não é retornar à Câmara dos Deputados, mas sim lançar-se como candidato ao Senado pelo Paraná. Embora conte com o apoio do partido Novo, ele ainda aguarda os desdobramentos do cenário eleitoral estadual.
A grande questão para os planos eleitorais do ex-procurador da Lava Jato reside no possível ingresso do atual governador paranaense, Ratinho Júnior (PSD), na disputa pelo Senado.
Ratinho tem se apresentado como uma opção da centro-direita para concorrer à Presidência da República. Contudo, para concretizar tal objetivo, depende do apoio de Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível.
Se Ratinho seguir o caminho em direção ao Senado, Dallagnol enxerga que suas chances na disputa diminuiriam, pois uma das vagas estaria praticamente assegurada ao governador.
Além disso, outros membros da ala conservadora almejam a mesma posição. Entre eles, os deputados federais Filipe Barros (PL-PR) e Ricardo Barros (PP-PR), ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, figuram como potenciais concorrentes ao Senado.
Inelegibilidade e Desafios
A cassação de Dallagnol em 2023 se deu após o TSE entender que ele solicitou sua exoneração do cargo de procurador para evitar um julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o que poderia prejudicar sua candidatura em 2022.
Nesse contexto, os magistrados concluíram que o ex-procurador interferiu na aplicação da Lei da Ficha Limpa, a qual estabelece que membros do MP condenados em processos administrativos se tornam inelegíveis.
Apesar da decisão da Justiça Eleitoral, Dallagnol acredita não estar inelegível para 2026. De acordo com o ex-procurador, há pareceres de juristas que respaldam essa perspectiva.
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