Ucrânia retrocede em Donetsk antes de diálogo entre Trump e Putin
Horas antes de uma conversa entre Donald Trump e Vladimir Putin sobre a possibilidade de um cessar-fogo na Ucrânia, as forças ucranianas admitiram um recuo em Donetsk. O general Serhii Naiev, responsável pela região, explicou a decisão em sua conta no Facebook: “Isso não apenas salvará nossos soldados, mas também reforçará nossa defesa. A Rússia está sofrendo perdas, e podemos agir com mais eficácia”, afirmou. O recuo ocorreu depois que a Ucrânia não conseguiu manter o controle em Kursk, resultando no cerco e subsequente recuo das forças ucranianas. Diante desse cenário, o deputado Oleksii Goncharenko sugeriu a substituição do comandante das Forças Armadas, Oleskii Sirskii.
Embora Naiev não tenha especificado a área exata do retrocesso em Donetsk, há indícios de que as tropas ucranianas se deslocaram em direção a Velika Novosilka, uma localidade considerada estratégica. Em Zaporíjia, as forças russas avançaram, comprometendo a primeira linha de defesa da Ucrânia e se aproximando da capital regional.
Durante as negociações, Trump e Putin devem abordar a perspectiva de uma trégua temporária de 30 dias, embora Putin tenha manifestado relutância e preferência por negociações com condições claras. Por outro lado, Trump já expressou a opinião de que a divisão da Ucrânia é inevitável e que a adesão de Kiev à Otan deve ser impedida.
As conversas sobre garantias de segurança para a Ucrânia devem envolver a Europa, conforme sugerido por Trump, que também busca respaldo europeu para a gradual redução das sanções contra a Rússia. O Kremlin vê com bons olhos essa proposta. Kirill Dmitriev, líder do fundo soberano russo, afirmou que a Rússia está disposta a retomar relações comerciais com os Estados Unidos e a União Europeia assim que o conflito for resolvido. Por outro lado, Putin afirmou que as empresas ocidentais que se retiraram do país não terão tratamento preferencial ao tentarem retornar.
Comentários Facebook