Talibã liberta refém dos EUA para tentar se aproximar de Trump

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O Talibã libertou George Glezmann, um mecânico norte-americano mantido como refém por mais de dois anos no Afeganistão, como parte de uma estratégia de aproximação com a administração de Donald Trump.

Após duas décadas de ocupação dos Estados Unidos, o Talibã retomou o poder no Afeganistão em 2021 com a retirada das tropas durante o governo de Joe Biden, após um acordo firmado durante a gestão de Trump. A saída das tropas dos EUA resultou em críticas de Trump, principalmente após a morte de três militares norte-americanos em um ataque suicida no Aeroporto de Cabul. Além disso, o Talibã se beneficiou ao se armar com equipamentos militares deixados pelas tropas dos EUA, estimados em bilhões de dólares.

Embora seja o governo oficial do Afeganistão, o Talibã ainda não é reconhecido oficialmente por nenhum país. O grupo também enfrenta críticas pela violação dos direitos das mulheres afegãs. A libertação de George Glezmann se junta a outros cidadãos americanos libertados desde a posse de Trump em janeiro.

As negociações entre o Talibã e os EUA foram intermediadas pelo Catar. Em comunicado, o governo do Talibã descreveu a soltura do refém como uma medida humanitária e demonstração de boa fé, esperando ser reconhecido pela comunidade internacional por sua disposição em se envolver com todas as partes de forma realista, especialmente com os EUA.

O grupo enfatizou sua capacidade de contribuir positivamente para a estabilização da região, resolver questões internacionais e eliminar ameaças, como o Estado Islâmico, no Afeganistão. A libertação de George Glezmann representa um gesto de apaziguamento do Talibã em busca de reconhecimento e aceitação diplomática global.

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