Secretário do MF: compensação da isenção do IR não afeta investimentos

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O Secretário do Ministério da Fazenda: investimentos não são impactados por isenção fiscal

Durante um evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, o Secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, assegurou que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com salários de até R$ 5 mil mensais não terá repercussões negativas nos investimentos estrangeiros no país. Ele enfatizou a calma em relação ao assunto ao mencionar a reação positiva da bolsa de valores após a apresentação da proposta do governo.

A medida prevê a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês, beneficiando cerca de 10 milhões de brasileiros, com validade a partir de 2026. Atualmente, a faixa de isenção é de até R$ 2.824, aumentando agora para R$ 3.036. A proposta prevê descontos progressivos para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, estimando um impacto de quase R$ 26 bilhões nos cofres públicos no próximo ano.

Para equilibrar a perda de arrecadação, a proposta inclui a introdução de um imposto progressivo de até 10% sobre aqueles que recebem acima de R$ 600 mil por ano. O Secretário Pinto refutou críticas que rotulavam o projeto como populista, enfatizando que se trata de uma medida justa e necessária.

O Secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, endossou a proposta, ressaltando a busca por justiça fiscal e os benefícios tanto para os destinatários quanto para a economia nacional.

A reforma proposta pelo governo

Ao abrir mão da arrecadação de R$ 25,84 bilhões em 2026 ao isentar o IR para quem recebe R$ 5 mil mensais, o governo propõe tributar as rendas mais altas, bem como os dividendos no exterior, para compensar essa ampliação da faixa de isenção.

Os cálculos do Ministério da Fazenda indicam que a tributação mínima sobre os contribuintes mais ricos, cerca de 141 mil pessoas ou 0,13% do total, deve trazer uma compensação de R$ 25,22 bilhões, além de uma arrecadação adicional de R$ 8,9 bilhões oriundos da taxação de 10% sobre remessas de dividendos ao exterior para aqueles residentes fora do país.

É importante ressaltar que a proposta não implica na criação de um novo imposto ou no aumento da alíquota geral do IR. Seu objetivo é promover uma contribuição proporcional por parte daqueles com altos rendimentos que anteriormente não pagavam impostos.

A reforma também define a forma como serão descontados os valores do IR em comparação com o modelo atual, de forma progressiva, mantendo alíquotas para diferentes faixas de renda.

Em resumo, contribuintes que já pagam a alíquota mínima ou superior em impostos não terão custos adicionais. No entanto, aqueles que contribuíam com um percentual menor do mínimo deverão complementar a diferença.

A tributação conjunta de empresas e indivíduos que recebem dividendos não pode exceder 34% para evitar reduções nos pagamentos de impostos. Em outras palavras, a soma dos dividendos pagos por empresas e pessoas físicas não pode ultrapassar o limite de 34% em imposto sobre dividendos, sendo reduzida caso ocorra excedente.

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