A família de Cristopher de Carvalho Guedes, um jovem de Brasília de 26 anos, expressou sua dor em uma carta durante a audiência disciplinar que investigava sua trágica morte em Londres. Ele foi atropelado por um policial que avançou um semáforo vermelho na capital inglesa.
Segundo a família, Cristopher partiu para a Inglaterra cheio de sonhos, mas foi recebido com um “caixão cheio de sonhos”, em referência ao trágico desfecho de sua jornada no exterior.
Detalhes do caso:
- Cristopher de Carvalho Guedes faleceu em Londres após ser atingido por um veículo policial que desrespeitou um sinal vermelho.
- O jovem, que trabalhava como entregador de moto há apenas um mês no país, sofreu fraturas graves, incluindo uma costela quebrada e um pulmão perfurado.
- O policial responsável pelo acidente foi condenado a 6 meses de prisão, 18 meses de suspensão, 150 horas de trabalho comunitário e teve sua habilitação suspensa por 30 meses.
O relato da família na carta é comovente: “Uma família que levou seu filho ao aeroporto com vida, recebeu de volta um corpo 22 dias depois, carregando sonhos que jamais se realizarão”. O sentimento de dor, revolta e impotência permeia cada palavra escrita.
A conduta do policial foi duramente repreendida, levando à sua expulsão da corporação e inclusão na lista de banidos da polícia britânica. Os familiares de Cristopher clamaram por justiça e viram sua petição atendida, com a decisão tomada na audiência disciplinar.

Investigação e Conclusão
O Independent Office for Police Conduct (IOPC), responsável por investigar condutas policiais, considerou a morte de Cristopher como uma tragédia evitável. O órgão salientou que, embora policiais possam ultrapassar semáforos e exceder limites de velocidade em certas circunstâncias, isso nunca deve colocar outras vidas em risco.
A diretora do IOPC, Amanda Rowe, afirmou: “Nunca é justificável que a forma de dirigir de um policial coloque em perigo outros usuários da via”.
O desfecho trágico desse episódio ressalta a importância da responsabilidade e segurança no trânsito, além de trazer à tona a dor e a luta por justiça enfrentadas pela família de Cristopher diante de uma perda irreparável.
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