Desaceleração da Inflação em Março: Preço do Ovo Dispara Preocupando Consumidores
A prévia da inflação oficial do país, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), desacelerou para 0,64% em março, após registrar 1,23% em fevereiro, conforme dados divulgados pelo IBGE. Embora tenha havido uma desaceleração geral, os alimentos continuam pressionando os índices, com alta de 1,09%, sendo o grupo alimentação e bebidas o principal responsável por essa variação.
Dentre os alimentos, um destaque preocupante foi o aumento significativo no preço dos ovos, que subiu 19,44% somente em março. A elevação dos preços também foi observada em outros itens, como tomate (12,57%), café moído (8,53%) e frutas (1,96%). Em contrapartida, produtos como arroz apresentaram queda de 1,6%.
Além dos alimentos, os transportes também contribuíram para pressionar a inflação, com um aumento de 0,92% em março, impulsionado pelos combustíveis, que apresentaram elevações nos preços do óleo diesel, etanol e gasolina.
A preocupação dos consumidores se concentra especialmente no aumento expressivo no preço dos ovos, que acumula uma alta de 25,88% no ano. Esse aumento é atribuído a fatores como o encarecimento do milho, temperaturas elevadas e o aumento da demanda durante a Quaresma, período no qual muitos substituem a carne vermelha pelo produto.
O governo federal busca medidas para conter a inflação dos alimentos, como a isenção de impostos para importação de certos produtos. Entretanto, analistas apontam que o impacto dessas ações é limitado. O Banco Central, por sua vez, está atento aos índices de inflação para ajustar a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano. As projeções do mercado indicam que essa taxa possa encerrar 2025 em 15%, visando controlar a inflação e estabilizar as expectativas para os meses seguintes.
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