Julio César Coria, ex-segurança de Diego Maradona, foi preso por falso testemunho durante o julgamento da morte do ídolo argentino. A detenção aconteceu durante uma audiência em Buenos Aires, após solicitação do promotor Patricio Ferrari.
Coria foi acusado de apresentar declarações contraditórias em diversas ocasiões. Os juízes do caso indicaram que o Ministério Público evidenciou claramente que o ex-segurança mentiu em seu depoimento.
Após deixar o tribunal algemado, Coria ficará preso temporariamente e responderá judicialmente pelo crime de falso testemunho, podendo enfrentar até cinco anos de prisão.
Durante a audiência, Coria negou ter tido qualquer contato com Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona. No entanto, mensagens trocadas entre os dois foram apresentadas pela defesa da família do ex-jogador, revelando um churrasco planejado logo após a morte de Maradona. Mesmo confrontado com as evidências, Coria alegou falta de memória em relação às mensagens.
No âmbito do julgamento, sete profissionais de saúde são acusados de negligência no atendimento a Diego Maradona, respondendo pelo crime de homicídio simples com dolo eventual. As penas previstas podem chegar a 25 anos de prisão.
Maradona faleceu em novembro de 2020, aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória após uma cirurgia para remover um hematoma subdural. A investigação aponta que sua morte poderia ter sido evitada com um tratamento adequado.
De acordo com o Ministério Público, a equipe médica ofereceu um atendimento deficiente e inadequado, negligenciando o suporte necessário. Os profissionais teriam isolado Maradona, omitido informações essenciais e relegado sua recuperação ao acaso.
Os réus do processo incluem Leopoldo Luque (neurocirurgião), Agustina Cosachov (psiquiatra), Ricardo Almirón (enfermeiro), Nancy Forlino (médica da Swiss Medical), Mariano Perroni (chefe de enfermagem), Carlos Díaz (psicólogo) e Pedro Di Spagna (médico clínico), além de uma oitava acusada a ser julgada por júri popular.
O julgamento, previsto até julho, terá três audiências semanais e mais de 190 testemunhas. O processo contará com exames médicos, mensagens de celular e gravações de áudio para análise.
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