Neste domingo (30/3), a esquerda convocou diversos protestos em resposta à anistia concedida aos condenados pelo 8 de Janeiro, em contrapartida ao movimento liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março.
Os atos surgem após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réus Bolsonaro e outros sete aliados, acusados de participar de uma alegada trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Cidades como São Paulo foram palco de manifestações organizadas pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP), marcadas para a Avenida Paulista.
“Pessoal, não podemos nos enganar: a luta será árdua. Temos que fazer pressão na rede e na rua até a prisão de Bolsonaro e seus comparsas golpistas. Dia 30, às 14h, nos encontramos na Praça Oswaldo Cruz – Av. Paulista.”
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) March 27, 2025
Além disso, frentes como Povo Sem Medo e Brasil Popular convocaram manifestações em outras capitais, como Belo Horizonte (MG), utilizando principalmente imagens de Bolsonaro para mobilizar os participantes.
Após se tornar réu no STF, Bolsonaro ironizou a manifestação convocada por Boulos, apelidando-a de “movimento da esquerda”.
“Dia 30, agora, vai ter um movimento da esquerda. Estou até promovendo. Movimento da esquerda na Paulista. Qual é a pauta? Prisão do Bolsonaro”, afirmou o ex-presidente.
“Agradeço ao Bolsonaro pela convocação do Ato Sem Anistia! Vamos todos na Praça Oswaldo Cruz, domingo às 13h.”
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) March 26, 2025
No dia seguinte (31/3), o grupo Prerrogativas, formado por advogados simpáticos a Lula, organizará um protesto contra a anistia política dos acusados de tentativa de golpe de Estado durante o evento de lançamento do livro “Ainda não mudou: Direito e (In)Justiça no Brasil”, do advogado e promotor aposentado Roberto Tardelli. O ato marcará os 61 anos do golpe militar de 1964 na PUC-SP, às 19h.
Na mesma semana, a oposição promete intensificar a pressão no Congresso em busca do perdão aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
O Palácio do Planalto mostra distanciamento em relação aos protestos, apostando que Boulos não terá a mesma capacidade de mobilização que os apoiadores de Bolsonaro, o que poderia resultar em críticas a Lula e à esquerda. Por isso, ministros, incluindo membros do PT, como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Alexandre Padilha (Saúde), não planejam comparecer à manifestação.
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