O Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar o inquérito que apurava a aproximação do ex-presidente Jair Bolsonaro de uma baleia jubarte no litoral paulista. A procuradora Maria Rezende Capucci, responsável pelo caso, afirmou que, embora Bolsonaro tenha se aproximado mais do que o permitido do animal, não foi identificada intenção de perturbá-lo.
A procuradora destacou que a falta de evidência da intenção de importunação animal durante a investigação levou ao arquivamento do caso. A proximidade de Bolsonaro com a baleia foi utilizada por seus apoiadores como exemplo de suposta perseguição política contra ele.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, ressaltou a falta de fundamentos para a investigação, apontando para a mobilização do Estado em um caso sem repercussão jurídica significativa, mas explorado politicamente.
Em resposta, Bolsonaro compartilhou uma charge nas redes sociais, ilustrando a situação com uma baleia em um tribunal trajando terno. Ele prestou depoimento à Polícia Federal no ano anterior, reforçando que, ao se deparar com a baleia, manteve distância e se afastou do local, buscando o arquivamento do inquérito.
O inquérito investigava possíveis crimes ambientais de “molestamento intencional” de baleias, após a circulação de vídeos em redes sociais mostrando o jet ski se aproximando da jubarte. O MPF confirmou que a moto aquática chegou a 15 metros do animal, comprovado por vídeos e fotos que também mostravam o condutor se filmando com o celular, a uma distância inapropriada.
Recentemente, Bolsonaro se tornou réu por suposta participação em uma trama golpista e teve outro inquérito, sobre falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19, arquivado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ex-presidente ainda aguarda a decisão da PGR sobre o caso das joias, no qual foi indiciado pela PF por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato/apropriação de bem público.
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