Diego Maradona não foi encontrado com álcool ou “drogas de abuso” no organismo no momento de seu falecimento, conforme declarou um perito durante o julgamento de sete profissionais de saúde na Argentina, em 2020. Apesar do histórico de consumo, exames não identificaram presença de substâncias como cocaína, maconha, MDMA, êxtase ou anfetaminas. O ex-jogador argentino, que enfrentou problemas com abusos ao longo de sua vida tumultuada, veio a óbito devido a um edema pulmonar causado por insuficiência cardíaca em novembro de 2020, após uma neurocirurgia.

Os exames realizados após a morte de Maradona revelaram a presença de medicamentos antidepressivos, anticonvulsivantes, antipsicóticos e antieméticos em seu organismo. Durante o julgamento em San Isidro, região próxima a Buenos Aires, foi apresentado o depoimento do médico pessoal de Maradona de 1978 a 2009, Alfredo Cahe, já falecido. Ele descreveu a situação estranha em que encontrou Maradona após a neurocirurgia na Clínica Olivos, em novembro de 2020. Cahe apontou negligência médica, afirmando que Maradona deveria estar em terapia intensiva com monitoramento cardíaco constante, o que poderia ter evitado a morte do ex-jogador.
Além disso, outros especialistas testemunharam no julgamento, incluindo a anátomo-patologista Silvana de Piero, que destacou sinais de cirrose no fígado, insuficiência renal, problemas pulmonares crônicos e sinais de falta de oxigênio no coração de Maradona após sua morte.
Sete profissionais de saúde estão sendo acusados de homicídio doloso eventual, alegando-se que estavam cientes de que suas ações poderiam levar à morte de Maradona. Um oitavo acusado, uma enfermeira, enfrentará julgamento separado. O processo, iniciado em março e previsto para durar até julho, incluirá dezenas de testemunhas e os acusados podem enfrentar penas de 8 a 25 anos de prisão.
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