O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu um mandado de prisão preventiva contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada na quarta-feira (3), após a confirmação de que o investigado deixou o Brasil e encontra-se na Argentina. Léo Índio, cujo passaporte já havia sido retido por ordem judicial, é acusado de participação direta nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Nesse dia, manifestantes invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes — Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto — em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Léo Índio é réu em cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado, associação criminosa e ataque violento ao Estado Democrático de Direito.
A saída do Brasil sem autorização e a busca de refúgio na Argentina, que dispensa passaporte aos brasileiros devido a acordos no Mercosul, são vistos pelo ministro Moraes como uma clara tentativa de evitar a justiça brasileira.
Os advogados de Léo Índio confirmaram ao STF a sua presença fora do Brasil e a solicitação de refúgio na Argentina, o que é interpretado como uma estratégia para escapar da justiça nacional.
Léo Índio é sobrinho da ex-mulher de Jair Bolsonaro, Rogéria Nantes, e primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente: o deputado Eduardo Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro. Vale ressaltar que Jair Bolsonaro também está sob investigação em inquéritos referentes a uma alegada tentativa de golpe de Estado, envolvendo militares e ex-membros de seu governo, objetivando impedir a posse de Lula após as eleições de 2022. Diversos envolvidos nos incidentes de 8 de janeiro já foram condenados, com penas de até 17 anos de prisão.
Para mais detalhes, acesse o site oficial.
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