O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, convocou uma reunião no Centro Administrativo do estado para discutir estratégias e ações emergenciais em resposta à seca prolongada que assola diversas regiões baianas. O principal objetivo do encontro foi a elaboração de um plano emergencial a ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, ainda esta semana.
Jerônimo destacou que a seca é um problema crônico na Bahia, com mais de 70% de seu território localizado em região semiárida e algumas áreas caminhando para a desertificação. Atualmente, mais de 70 municípios declararam situação de emergência, e esse número tende a crescer nos próximos dias. A declaração de emergência facilita o acesso a recursos federais e estaduais para ações de resposta imediata.
O plano emergencial abrange medidas como limpeza de reservatórios de água, distribuição de carros-pipa, construção de cisternas e fornecimento de equipamentos para alimentação animal. Jerônimo ressaltou que já houve reuniões com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional e que um documento mais detalhado será apresentado em Brasília, definindo responsabilidades entre municípios, estado e União. Novos investimentos serão anunciados em breve.
O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, enfatizou a necessidade de um planejamento integrado para lidar com a situação. Ele ressaltou o agravamento da situação climática nos últimos meses, com chuvas abaixo da média e previsão de pouca precipitação. A prioridade agora é garantir a produção, a sobrevivência dos animais e o bem-estar das comunidades rurais.
Tiago Pereira, coordenador do programa Bahia Sem Fome, mencionou a integração das ações de combate à seca com o combate à insegurança alimentar. Desde 2024, foram distribuídas 60 mil cestas básicas em 165 municípios. A meta é ampliar esse apoio, com 40 mil cestas já disponíveis para 2025, visando atender todas as cidades em situação de emergência.
Jerônimo Rodrigues encerrou a reunião destacando a importância da colaboração entre prefeituras, a Assembleia Legislativa e a bancada federal para garantir a eficácia das ações. Um plano de trabalho abrangente está sendo desenvolvido para oferecer respostas rápidas e efetivas à população mais afetada, contando com o apoio dos deputados, emendas parlamentares e a parceria com o governo federal.
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