Vítimas Revelam Abusos de Pastor: Banhos Forçados e Manipulação Emocional
Uma série de denúncias chocantes envolvendo o ex-líder da Igreja Aliança do Calvário, o pastor Paulo Júnior, tem causado revolta na comunidade evangélica brasileira. Relatos e depoimentos detalham práticas abusivas, manipulação psicológica e condutas que levantam sérias acusações de crimes contra a dignidade sexual.
Paulo Júnior foi afastado da liderança da igreja após um processo interno em 2024, mas em um vídeo em suas redes sociais, apesar de admitir “erros”, evitou confirmar a natureza dos atos que lhe são atribuídos. Especialistas ressaltam que o conteúdo do vídeo não constitui uma confissão formal de culpa.
Dentre os relatos de ex-membros da igreja estão casos em que o pastor teria induzido jovens, alguns menores de idade, a tomarem banhos nus durante supostas sessões de “ensino sobre higiene pessoal”. Em outros relatos, o pastor conduzia interrogatórios invasivos sobre práticas sexuais, exigindo detalhes íntimos em um contexto de manipulação emocional.
Advogados consultados apontam que tais condutas podem configurar diversos crimes, como violência sexual mediante fraude, assédio moral, abuso de autoridade e corrupção de menores, dependendo das circunstâncias. A Igreja Aliança do Calvário admitiu constrangimento emocional e espiritual em comunicado tardio, reconhecendo a manipulação exercida.
Além dos abusos mencionados, denúncias apontam agressões físicas perpetradas pelo pastor contra membros da igreja, inclusive durante cultos, e relatos de violência contra a esposa do pastor. O processo que resultou no desligamento de Paulo Júnior foi concluído em 2025 após uma assembleia da igreja, momento em que ele alegou exaustão e solicitou afastamento.
Especialistas ressaltam que, caso as denúncias sejam investigadas e comprovadas, o ex-pastor enfrentará consequências legais severas. O silêncio das vítimas, comum em contextos hierárquicos religiosos, reflete a complexidade dessas situações traumáticas.
Apesar da gravidade das acusações, uma parcela da comunidade evangélica ainda defende o ex-líder, minimizando os fatos. A repercussão do caso evidencia a necessidade de garantir a proteção e a integridade dos fiéis em ambientes religiosos.
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