No Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), uma cena chocante se destacou recentemente: um grupo de pais indignados com a demora no atendimento acabou por derrubar uma porta do pronto-socorro da instituição, ação que viralizou nas redes sociais.
Essa superlotação e a demora nos serviços de saúde podem ser reflexo da escassez de profissionais. O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Sindate-DF) aponta que o Hmib necessita de 379 técnicos de enfermagem, enquanto no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) o déficit chega a 489.
A diretora do Sindate, Josy Jacob, expressou grande preocupação com a situação, mencionando que cirurgias programadas estão sendo canceladas devido à falta de equipe. Além disso, com a iminência do período sazonal de doenças respiratórias no Distrito Federal, a demanda por leitos pediátricos aumenta, mas o número insuficiente de técnicos de enfermagem se torna um obstáculo.
Desafios na Ortopedia
Na Ortopedia do HRT, a realidade não é diferente. Com 56 pacientes, alguns em isolamento, a ala conta apenas com três técnicos de enfermagem para prestar assistência, o que gera uma carga de trabalho excessiva e afeta a qualidade do atendimento. A falta de profissionais chega a um ponto em que até os padioleiros para transporte de pacientes estão em escassez.
Situação Oficial
Em resposta, a Secretaria de Saúde informou que existem 561 técnicos de enfermagem no Hmib, com uma carga horária total de 18.700 horas, e 767 no HRT, totalizando 26.160 horas. A pasta destacou também ter realizado ampliações de carga horária no período entre 2024 e 2025, tanto no Hmib (37 ampliações) quanto no HRT (11 ampliações).
A Secretaria complementou mencionando a realização de um concurso em 2023, com 200 vagas imediatas e 1.000 para cadastro reserva, tendo nomeado 446 candidatos até o momento. No entanto, os desafios persistem, e a comunidade segue enfrentando dificuldades decorrentes da carência de profissionais de enfermagem.
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