Com 257 assinaturas, o pedido de urgência para o projeto de lei da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro garantiu a maioria absoluta de deputados federais nesta quinta-feira (10/4). A adesão ao requerimento abrange parlamentares de diversos partidos, incluindo aqueles que compõem a base governista no Congresso Nacional, como Partido Liberal, União Brasil, Partido Progressistas e Republicanos.
A defesa veemente da anistia aos participantes da depredação às sedes dos Três Poderes é uma bandeira especialmente levantada pelo Partido Liberal, embora nem todos os membros da sigla tenham endossado o pedido de urgência até o momento.
Após atingir o respaldo de 257 parlamentares, o requerimento de urgência precisa ser protocolado pela liderança do Partido Liberal. Contudo, a inclusão do projeto sob este regime depende da pauta ser estabelecida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e referendada pelo Plenário.
É relevante ressaltar que apesar de reunir a maioria necessária, conforme estabelecido pelo regimento da Câmara, a decisão de colocar em votação a urgência e o mérito da matéria está nas mãos de Motta.
Pressão do PL sobre Motta
Desde o final de março, o Partido Liberal tem buscado pressionar o presidente da Câmara para incluir a pauta em votação. Mesmo com anúncios de obstrução nas sessões do Plenário e das comissões, falhas na articulação levaram a oposição a não conseguir paralisar integralmente os trabalhos.
Diante disso, a bancada suspendeu a obstrução, apostando no diálogo e sensibilização dos colegas parlamentares sobre a importância da pauta em termos de justiça, humanidade e pacificação nacional, conforme afirmou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do bloco.
Numa nova estratégia para angariar apoio, o PL passou a pressionar os deputados a assinarem o requerimento de urgência.
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