O dólar encerrou em queda nesta sexta-feira, cotado a R$ 5,8708, reflexo de uma menor aversão ao risco no mercado internacional devido a uma trégua parcial nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A moeda americana atingiu R$ 5,9196 durante a manhã, mas perdeu força com a notícia de que a China aumentaria tarifas de importação para produtos americanos. No entanto, a China afirmou que esse seria o último aumento, indicando que não retaliaria sobretaxas adicionais dos EUA. Essa decisão contribuiu para reduzir a tensão nos mercados.
Enquanto isso, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas fortes, caiu abaixo de 100 mil pontos, influenciado por dados econômicos mais fracos nos EUA. No Brasil, o real e outras moedas latino-americanas se beneficiaram do aumento nos preços do petróleo, favorecendo economias exportadoras. Investidores estão deixando de lado o dólar e os títulos do Tesouro americano em favor de moedas como euro e iene, indicando a percepção de que os EUA podem ser os mais prejudicados pela escalada comercial atual.
No mercado acionário, o Ibovespa acompanhou o otimismo internacional, fechando em alta de 1,05%, impulsionado pelas ações da Petrobras e Vale, favorecidas pelo aumento dos preços do petróleo e minério de ferro. Mesmo diante da volatilidade causada pelas incertezas comerciais, o principal índice da B3 acumulou ganhos na semana. A sinalização da China de evitar novas retaliações trouxe alívio aos investidores, refletindo em um bom humor no mercado financeiro.
Além das empresas exportadoras, bancos como Itaú e Bradesco também tiveram desempenho positivo. As ações cíclicas, impulsionadas pelo fechamento da curva de juros, alcançaram altas expressivas. O volume financeiro negociado na B3 foi significativo, atingindo R$ 22,4 bilhões. Em meio a esse cenário, a confiança nos mercados emergentes foi recuperada, evidenciando a resiliência diante das oscilações no cenário econômico global.

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