O advogado Paulo Roberto de Aguiar Valente Junior infringiu as normas de uso da tornozeleira eletrônica em 67 ocasiões, durante um período de 116 dias, entre os anos de 2024 e 2025. Enfrentando acusações de extorsão, ameaça e perseguição contra sua ex-namorada, ele permanece em medidas cautelares, mesmo com um pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público Estadual (MP-BA). O juiz da 1ª Vara de Violência contra a Mulher de Vitória da Conquista, Álerson do Carmo Mendonça, decidiu apenas por uma advertência ao réu, conforme informações do Correio.
Aos 41 anos, Paulo Roberto foi detido em 26 de junho quando chegava em sua residência no bairro Costa Azul, em Salvador. Segundo a Polícia Civil, o advogado perseguia e ameaçava sua ex-namorada por meio de ligações telefônicas e aplicativos de mensagem, utilizando diversos números de telefone. A investigação revelou que ele também criava perfis falsos nas redes sociais para fazer denúncias anônimas contra a mulher no local de trabalho dela, além de ameaçá-la de morte.
Em 19 de novembro de 2024, o advogado obteve permissão para responder judicialmente em liberdade, sob condições de medidas cautelares, incluindo recolhimento noturno, comparecimento obrigatório em todos os atos judiciais e monitoramento eletrônico, sem poder se afastar de casa por mais de 200 metros durante a noite.
Um relatório da Central de Monitoração Eletrônica de Pessoas (CMEP), da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), revelou que, até 14 de março, foram registradas 67 violações, sendo três relacionadas a áreas proibidas e 64 referentes ao fim da bateria. Uma das violações durou um dia, 14 horas e 54 minutos, de 22 a 24 de fevereiro deste ano. Apesar disso, o juiz Álerson do Carmo Mendonça rejeitou o pedido de prisão preventiva feito pelo MP-BA em uma decisão emitida em 3 de março.
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