Rui Falcão lança candidatura no PT e diz que partido não deve ser ‘caixa de repetição’ do governo Lula

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O deputado federal Rui Falcão (SP) oficializou sua candidatura à presidência do Partido dos Trabalhadores em um evento realizado no Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo. Em meio a disputas internas, Falcão destacou que sua postulação vai além de questões de gestão financeira, enfatizando a importância de definir os rumos ideológicos da sigla.

Embora apoiado pelo presidente Lula, Falcão ressaltou a necessidade do PT não se tornar um mero eco do governo federal. Em um cenário de pluralidade de candidaturas, com destaque para Edinho Silva, apoiado por Lula, a eleição para a presidência do partido promete ser acirrada.

Rui Falcão, que presidiu o PT em dois mandatos, enfatizou a relevância da candidatura para os desafios futuros do partido e para a possibilidade de reeleição de Lula em 2026. Defendendo a identidade e os projetos do PT, Falcão afirmou que é essencial que o partido se posicione de forma autônoma em relação às decisões do governo.

Com o apoio de ex-presidentes do partido, como José Genoino e Olívio Dutra, e de uma significativa parcela de parlamentares, Falcão se apresenta como uma alternativa à atual liderança petista. A eleição, que ocorrerá em julho através do voto direto dos filiados, marca um momento importante para a sigla, que busca retomar sua militância de base e sua identidade de esquerda.

A candidatura de Falcão busca influenciar o governo para uma atuação mais alinhada à esquerda, pressionando por políticas mais progressistas. O evento de lançamento contou com a presença de representantes de diversas correntes internas do PT, demonstrando a diversidade de opiniões e correntes ideológicas presentes dentro do partido.

Rui Falcão, ao abrir sua campanha, enfatizou a importância de consolidar a oposição dentro do partido e ressaltou a necessidade de não se conformar com o status quo, buscando uma atuação mais incisiva e transformadora da sigla.

Com debates previstos entre os candidatos após o registro das candidaturas em maio, a expectativa em torno da eleição interna do PT é grande, já que a última votação direta ocorreu em 2013. Falcão, ao assumir a postura de resistência e independência em relação ao governo, busca posicionar o PT como um agente político de mudanças e lutas sociais, resgatando sua trajetória de enfrentamento e defesa dos interesses da população.

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