Com manifestação, menina morta após ser medicada será enterrada em GO

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Maria Eduarda Ferreira da Silva, a criança de 6 anos que faleceu após receber medicação em um hospital público, será sepultada nesta quinta-feira (17/4) em Goiás. Moradora da Cidade Ocidental, próxima ao Distrito Federal, Maria será velada no cemitério de Valparaíso de Goiás, a partir das 10h. Antes do sepultamento, amigos e familiares realizarão um protesto em frente ao hospital onde Maria foi atendida.

O trágico incidente ocorreu na manhã de terça-feira (15/4) quando Maria foi levada ao Hospital Municipal da Cidade Ocidental às 7h17, apresentando sintomas de asma grave.

Um minuto após receber uma medicação intravenosa, ela sofreu complicações, teve uma parada cardiorrespiratória e faleceu. A família denuncia negligência médica, afirmando que “mataram minha filha”, desabafa Ana Alice Ferreira, mãe de Maria Eduarda. Segundo relato de Eduardo Silva, pai da menina, Maria saiu de casa andando e faleceu ao lado da mãe após receber a medicação.

Veja o relato do pai sobre o ocorrido:

Relatório médico

O Metrópoles teve acesso ao laudo médico que descreve o histórico de Maria Eduarda, destacando a crise asmática que ela apresentava no momento da admissão no hospital.

Após a consulta, Maria Eduarda recebeu a prescrição de hidrocortisona para tratamento. No entanto, um minuto após a administração do medicamento, a criança apresentou sintomas graves e entrou em parada cardiorrespiratória, conforme relatado no documento médico. Esforços de reanimação foram realizados sem sucesso, resultando no óbito da paciente.

A equipe médica realizou tentativas de reanimação por duas horas. Após a constatação do óbito, o médico responsável pelo atendimento ofereceu apoio à família e a orientou a registrar um boletim de ocorrência.

Fotos de Maria Eduarda:

Maria Eduarda morreu apos tomar um medicamento para bronquite no Hospital da Cidade Ocidental

Posicionamento do hospital

A Prefeitura Municipal da Cidade Ocidental, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, esclareceu que a mãe de Maria chegou ao hospital sem informar sobre a asma da criança. Somente após iniciar o atendimento, a mãe mencionou o histórico de crises asmáticas da menina.

Os médicos identificaram a crise asmática e prescreveram o tratamento com hidrocortisona 100 mg. Após a administração do medicamento, Maria teve uma piora súbita, evoluindo para inconsciência e posteriormente entrando em óbito.

A Secretaria de Saúde considerou o caso como atípico e destacou a ausência de diagnósticos prévios de doenças crônicas. A Polícia Civil de Goiás está investigando o ocorrido.

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