O dólar apresentou uma redução significativa no mercado local ao longo da tarde de quinta-feira, acompanhando a alta de moedas emergentes no exterior e o aumento dos preços do petróleo, impulsionado por sinais de alívio na guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Com mínimo de R$ 5,7974, a moeda norte-americana encerrou o dia com queda de 1,05%, atingindo R$ 5,8037 – o menor valor de fechamento desde 3 de abril (R$ 5,6281), um dia após o anúncio das tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcando um período de desvalorização do dólar a nível global. Ao final da semana, que foi mais curta devido ao feriado da Sexta-feira Santa, a moeda acumulou perdas de 1,14%.
O real, que vinha sofrendo mais do que outras moedas em sessões anteriores, teve o segundo melhor desempenho entre as principais moedas emergentes no dia, ficando atrás apenas do peso mexicano. Moedas de países exportadores de commodities, como o dólar australiano e neozelandês, também se valorizaram.
No início da tarde, antes de um encontro com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, Trump expressou sua confiança na possibilidade de fechar um “bom acordo com a China”. Após uma coletiva na Casa Branca, ele mencionou que as negociações tarifárias com outros países estão avançando.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, destacou que a Coreia do Sul será o foco na próxima semana, com a Índia entrando em breve na agenda. Ele também mencionou o início de conversas com a União Europeia. O Ministério do Comércio da China, por sua vez, apesar de reforçar que a guerra comercial foi iniciada por Washington, afirmou estar aberto ao diálogo com os EUA com base no “respeito mútuo” entre os países.
O índice DXY, que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, manteve-se estável no final do dia, em torno de 99,300 pontos. O euro teve leve desvalorização após o Banco Central Europeu (BCE) cortar, como previsto, suas principais taxas de juros em 25 pontos-base. O Dollar Index registra uma queda de mais de 4% no mês e de 8% no ano.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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