Enquanto o projeto de anistia aos envolvidos nos eventos do 8 de janeiro divide opiniões, um novo caminho se abre para pacificar a questão. O deputado Ricardo Ayres propõe um plebiscito, a ser realizado simultaneamente às eleições de 2026, para que a população decida sobre a concessão de perdão aos participantes dos atos.
Ayres argumenta que a consulta popular é a via democrática e legítima para resolver a controvérsia. Com o Supremo Tribunal Federal indicando possíveis inconstitucionalidades em anistias aprovadas sem respaldo popular, o plebiscito surge como uma alternativa soberana e reconciliadora.
O deputado destaca o apoio do colega de partido, Hugo Motta, na coleta de assinaturas para levar a proposta do plebiscito ao plenário. A ideia é que a população decida, por meio da urna eletrônica, se os envolvidos nos atos de 8 de janeiro devem ser anistiados.
Ricardo Ayres acredita que, se aprovado no plebiscito, o perdão não seria passível de veto pelo STF. Ele esclarece que, em caso de aval à anistia, caberá ao Congresso definir os beneficiados; por outro lado, se a maioria rejeitar o perdão, projetos semelhantes serão arquivados.
Enquanto o cenário político se mantém em impasse, com a resistência do presidente da Câmara às pressões, alternativas como ajustes nas penas e até mesmo uma comissão especial são consideradas. Nesse contexto, a proposta de plebiscito de Ricardo Ayres desponta como uma solução intermediária, capaz de conciliar diferentes posições em relação à anistia.
O futuro dos condenados do 8 de janeiro de 2023 está agora nas mãos do povo, que poderá, de forma responsável e esclarecida, decidir o desfecho desse capítulo da história nacional.
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