Dois detentos da Penitenciária de Presidente Venceslau, em São Paulo, revelaram em depoimento os motivos que os levaram a assassinar dois líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Esses líderes estavam envolvidos em planos de sequestro e assassinato de figuras públicas. Luis Fernando Versalli, conhecido como Barão, de 53 anos, e Jaime Paulino de Oliveira, apelidado de Japonês, de 47 anos, foram acusados de assassinar Reginaldo Oliveira de Sousa e Janeferson Aparecido Mariano Gomes, ambos com 48 anos, em junho de 2024, dentro da prisão.
Entenda:
- Os detentos permaneceram em silêncio durante interrogatórios policiais, mas resolveram fornecer informações em depoimento judicial. Os dois estão presos há muitos anos e afirmam ter abandonado a facção criminosa. Contaram que foram ameaçados pelos líderes do PCC, Rê e Nefo, por terem deixado a organização. Alegaram que os líderes se colocavam como autoridades na prisão devido aos planos de atentados em que estavam envolvidos.
Japonês confessou o assassinato, alegando que estava agindo em legítima defesa, pois sua vida corria perigo. Ele descreveu como os líderes tentaram matá-lo depois que ele saiu da facção. Após sucessivas ameaças, ele buscou proteção no sistema prisional, porém, a situação piorou, levando-o a uma tentativa de suicídio. Posteriormente, ele e Barão confrontaram os líderes no fatídico dia em que os assassinatos ocorreram. Japonês relatou que agiu para se proteger e proteger seu amigo, pois suas famílias estavam sob ameaça constante.
Barão, por sua vez, mencionou que foi excluído da facção por questões financeiras, sem entrar em detalhes. Ele declarou que os líderes se consideravam autoridades devido à publicidade dos planos para matar figuras importantes. Ele afirmou que foi ameaçado e que o incidente que culminou nas mortes não foi premeditado. Ambos os detentos enfatizaram que agiram em autodefesa.
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