Em meio a uma disputa entre a administração Trump e o judiciário dos Estados Unidos, o presidente publicou em sua rede social Truth Social uma foto das tatuagens nas mãos de Kilmar Armando Abrego Garcia, argumentando que essas tatuagens eram motivo suficiente para manter a deportação ilegal do imigrante.
A juíza Paula Xinis havia ordenado anteriormente que o governo Trump tomasse providências para trazer Kilmar Armando de volta dos EUA para El Salvador. Mesmo com a decisão favorável, confirmada pela Suprema Corte, o imigrante permanece detido no país centro-americano.
“Esta é a mão daquele que os democratas querem de volta aos Estados Unidos, mesmo com a tatuagem da sigla MS-13 nos nós dos dedos. Mesmo após dois tribunais reputados considerarem sua associação com a MS-13 e agressões à esposa. Fui eleito para expulsar criminosos dos EUA, entre outras coisas. Eu preciso de autorização para fazer meu trabalho”, declarou o presidente.
Apesar das críticas de Trump, a defesa do governo reconheceu um erro cometido pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE).
“Em 15 de março, mesmo com a ciência do ICE sobre a proteção de Kilmar contra deportação para El Salvador, foi removido devido a um erro administrativo”, afirmou a defesa.
A administração Trump alega não haver base legal para repatriar o imigrante após a conclusão da deportação.
Deportação para El Salvador X Decisão dos EUA
Em um contexto mais amplo, o juiz federal James Boasberg ordenou a suspensão de um voo que deportaria um grupo de 238 supostos membros de gangues venezuelanas, incluindo 23 integrantes da MS-13, de volta a El Salvador. Entretanto, a administração desconsiderou a determinação.
No caso específico de Kilmar, embora a primeira instância tenha ordenado o retorno, a Suprema Corte não obrigou diretamente a repatriação do imigrante, indicando que os tribunais não podem impor tal exigência ao poder executivo, apesar de endossar parcialmente a ordem de facilitar o retorno do mesmo.
Agora, o caso retornará ao tribunal de origem para mais deliberações.
“O tribunal deve esclarecer a orientação, respeitando a autoridade do poder executivo em questões de relações exteriores. O governo, por sua vez, espera-se que compartilhe as medidas adotadas e possíveis próximos passos”, afirmou a Suprema Corte em sua decisão.
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